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COR DE GENTE É A NOSSA COR

1 – Apresentação

O projeto “Cor de Gente é a nossa cor” envolverá turmas de educação infantil e de ensino fundamental do CIEP 250 - Rosendo Rica Marcos e será desenvolvido em conjunto pelos membros do Grupo de Pesquisa Conversa de Professor – COP (UERJ/FFP – CNPQ – UNESA).

O projeto surgiu a partir de uma conversa no grupo de pesquisa, na qual emergiu uma questão que atravessa o cotidianos da escola: a baixa autoestima das crianças negras que é decorrente da maneira como a sociedade reproduz historicamente o processo de dominação e de exclusão dos afrodescendentes e silencia a discussão acerca da opressão sociocultural e econômica vivenciada por essa enorme parcela da população.

Nessa conversa, falou-se também de algumas formas de discriminação que são percebidas entre os alunos, que criam categorias excludentes, tais como “mais negro” e “mais pobre” que demonstram sua alienação em relação às tensas relações de poder que geram a desigualdade socioeconômica.

Consideramos que as crianças, ao reproduzirem expressões e comportamentos que desqualificam os colegas, ou se desqualificam, devido às suas características étnico-raciais são agenciadas pelo discurso dominante, que constrói padrões de beleza baseados na tradição ocidental, cristã, branca e masculina.

Sendo assim, entendendo que que tais comportamentos são inter-relacionados e decorrem dos processos de discriminação e das formas de preconceito racial, veladas ou não, que se fazem presentes na sociedade brasileira, o projeto pretende desenvolver atividades pedagógicas que tratem o tema da identidade étnico-racial de forma lúdica, criativa e crítica, buscando contribuir para a conscientização das crianças e, sobretudo, para o resgate de sua autoestima.

2 – Justificativa

A afirmação da identidade das crianças afro descentes e oriundas de outras minorias deve ser um dos principais objetivos da educação, tendo em vista que a baixa auto estima que pode ser gerada por comportamentos preconceituosos na sociedade e, consequentemente, na escola, constitui um fator de grande impacto no sucesso escolar.

3 – Objetivos

  • Estimular o respeito à diversidade étnico-racial;

  • Contribuir para o resgate da autoestima dos alunos do CIEP 250;

  • Despertar a consciência crítica a respeito dos preconceitos e dos mecanismos de exclusão que perpassam a sociedade brasileira.

 

  1. – Estratégias e recursos

 

  1. - Sensibilização – conversa sobre o quadro “Os operários”, de Tarsila do Amaral

 

Sobre o quadro: Os Operários: foi pintado em 1933 por Tarsila e foi uma obra muito criticada, quando da sua exposição. No entanto é ela que inaugura a fase Social da artista. Nela estão representadas as muitas etnias brasileiras que imigraram de todos os lugares do interior do país para vir trabalhar nas indústrias de São Paulo na década de trinta, os rostos sobrepostos, que representam a massificação da vida operária, aparecem cansados no quadro - esse era o contexto de predomínio da exploração na Era Vargas. Ao fundo, como sempre, elementos do cubismo, com formas cilíndricas e retângulos, indicando as fábricas da cidade.

http://obviousmag.org/pintores-brasileiros/tarsila_do_amaral/as-principais-obras-de-tarsila-do-amaral.html

Desenhar-se usando o giz de cera adequado para representar o seu tom de pele e construir um mural das cores da turma.

4.2 - Desenvolvimento

  • Discussão de vídeos com crianças negras falando sobre discriminações sofridas e sobre a autovalorização – Ana Carolina e Gustavo:

Cabelo duro? Carolina diz que não: https://www.youtube.com/watch?v=d1d0JxGTGOg

Carolina e seu cabelo crespo na escola: https://www.youtube.com/watch?v=vPHVLkWHdxA

Tenho orgulho de ser negro, diz Gustavo: https://www.youtube.com/watch?v=oYm71N-gFVQ

Gustavo, 10 anos, dá uma aula de cidadania contra o racismo https://www.youtube.com/watch?v=mo-on7ikYi4

  • Assistir ao vídeo Os cabelos de Lele  - https://www.youtube.com/watch?v=RriQiWMnDXU Conversar sobre a história e depois criar um painel com figuras de diferentes tipos de cabelos; com figuras retiradas de revistas;

 

  • Assistir a desenhos animados de ficção:

Bruna e a Galinha d'Angola. https://www.youtube.com/watch?v=eqvqBT41lWY

As tranças de Bintou. https://www.youtube.com/watch?v=C8j2CqP8Lu0

  • Ler histórias que discutem a valorização da identidade de personagens negras (Menina bonita do laço de fita; O Amigo do Rei, Ruth Rocha);

Organizar dramatização ou contação de histórias para o dia da culminância;

  • Observar propagandas de bonecas e discutir a aparência que predomina, depois criar bonecas de retalhos com diferentes características (opções: bonecos de vara, colagem em cartolina);

Criar propagandas para as bonecas produzidas.

 

http://br.youtube.com/watch?v=-UVxENgLaUQ

 

 

 

 

4.3 - Culminância do projeto

 

Exposição de trabalhos;

Dramatizações;

Contação de histórias;

Oficinas de cabelos afro

Oficinas de bonecos

Lanche coletivo.

 

5– Anexos

COR DA PELE DE QUEM?

De que cor é o lápis “cor de pele”? Marca quebra preconceitos e cria 12 “cores de pele”

As caixas de lápis de cor têm vários tons de verde, azul ou laranja. Mas, quando uma criança pede um lápis ou giz cor da pele, as opções ficam mais restritas, com as cores rosa e bege. A questão é: essas são as cores da pele de quem? Lápis cor de pele: entenda a proposta

A Uniafro (Programa de Ações Afirmativas para a População Negra) em parceria com uma marca brasileira de produtos de arte, a Koralle, desenvolveu uma caixa de giz de cera com 12 cores da pele. Para colorir a pele nos desenhos, o aluno poderá usar bege, vários tons de marrom e preto.

O objetivo é que as cores representem a diversidade racial da população brasileira e desconstruam a ideia de que somente o rosa pode ser usado para pintar a cor da pele das pessoas. Também dão força para professores e pais que queiram tratar a igualdade racial com os pequenos.

 Leia a matéria completa em: http://scl.io/1ftIzurK#gs.tNZca60

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